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Análise Política: O G5 fracassou em 2022, mostrou força local em 2024, mas o eleitor deixou claro que ninguém decide por ele

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O grupo formado pelos prefeitos das cinco principais cidades do Tocantins o chamado G5 teve um desempenho político decepcionante nas eleições estaduais de 2022. Embora tenham demonstrado força eleitoral nas eleições municipais de 2024, a verdade é que o eleitor tocantinense deixou um recado claro: ninguém escolhe por ele.

Em Araguaína, Wagner Rodrigues, afilhado político de Ronaldo Dimas, conseguiu dar ao seu padrinho apenas 5 mil votos de frente dentro da cidade, enquanto o adversário Wanderlei Barbosa venceu em plena “casa” de Dimas, o que expôs uma fratura importante entre o discurso e a transferência de votos.

Em Palmas, cidade do governador Wanderlei, a prefeita Cinthia Ribeiro se juntou ao grupo do chamado “Curraleiro”. Na minha opinião, se tivesse apoiado outro candidato, teria passado vergonha nas urnas. A movimentação dela foi mais de sobrevivência política do que convicção. Em 2024 Cinthia apoiou Eduardo Siqueira Campos (Podemos) no segundo turno em Palmas.

Em Porto Nacional, Ronivon Maciel foi bairrista ao apoiar Paulo Mourão, em vez de Irajá, que era do seu próprio partido. Essa decisão, curiosamente, o ajudou a evitar um desgaste maior, já que Irajá teve uma votação irrisória na cidade. Mourão, embora não fosse favorito, representava uma alternativa mais segura localmente.

Em Paraíso do Tocantins, Celso Morais seguiu o então senador Eduardo Gomes e apoiou Ronaldo Dimas. Mas o resultado mostrou que ele não conseguiu transferir votos: Dimas perdeu o primeiro lugar no município. A força do prefeito, nesse caso, não teve peso estadual.

Em Gurupi, Josi Nunes estava politicamente “atrapalhada”. De um lado, apoiava Carlesse para o Senado; de outro, não cabia apoiar Wanderlei Barbosa. No fim, decidiu-se por Ronaldo Dimas, que perdeu feio na cidade. Wanderlei fez cerca de 15 mil votos de frente sobre o candidato da prefeita, evidenciando que sua força local não se converteu em liderança estadual.

Por outro ângulo, o próprio governador Wanderlei Barbosa falhou em construir um grupo competitivo nas eleições de 2024. Apesar de estar no poder, não conseguiu eleger seus prefeitos preferidos nas maiores cidades do estado. Isso abriu espaço para sua aliada, Professora Dorinha, abrigar dentro de sua sigla os prefeitos do G5 que estavam sem acolhimento nos grupos de oposição a Wanderlei.

Dessa forma, o governador acabou atirando no próprio pé. Perdeu nas urnas municipais nas cidades mais estratégicas do Tocantins, enquanto seus Aliados passaram a abrigar seus adversários.

O que essa movimentação mostra?

Que o eleitor das cinco maiores cidades do estado não se deixa mais conduzir por lideranças locais. Ele está mais crítico, mais atento, e entende que seu voto é um instrumento de decisão individual. Se o G5 não souber apresentar um projeto coeso e com propósito em 2026, tende a fracassar mais uma vez.

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